Lá estava Pedro novamente trilhando seu caminho como costumava fazer todos os dias sentindo aquele sol morno da tarde tocando seu rosto e a brisa suave soprando perfumada e leve pelo ar , neste momento sentia que não poderia haver vida melhor ! Caminhava firmemente sem desviar seus passos do caminho, que não mudava por nada! Sentia-se muito feliz com a segurança que isto lhe proporcionava. Trazia sempre consigo seu paletó para os dias mais amenos e um guarda – chuva, para os dias de chuva. Tinha muito medo da chuva, do frio e de todas as coisas que aprendera desde criança sobre ela!
Dos pais aprendera que a chuva era causadora de inúmeros estragos e desgraças, arruinava a vida pessoas! Na escola aprendera que era o resultado de um conjunto de fatores que geravam uma sublimação que era responsável pela formação das nuvens, que quando muito cheias se precipitavam em um sem número de gotículas de água e que por sua vez enchiam os rios e geravam enchentes , entre outros fenômenos. Dos amigos e dos mais velhos que ela dava gripe e um belo conjunto de doenças. Portanto! Nada de bom poderia resultar dela !
Aconteceu que naquele dia, justo naquele dia. Uma nuvem muito cinzenta apontou em seu horizonte! Ficou horrorizado! Com muito medo de verdade, pois, logo lembrou de tudo o que havia aprendido sobre esta anomalia. Lembrou também que esquecera seu guarda – chuva em casa e que seu velho terno nada poderia fazer para protegê-lo daquela terrível ameaça! Pensou em correr, esconder-se, procurar algum lugar seguro, um abrigo para proteger-se. Olhou então à sua volta e nada encontrou. Nem pé de planta, nem edificação, ninguém que pudesse socorrê-lo. Facilmente entregou-se ao desespero, perplexo como estava, pois, nunca, sequer se imaginara enfrentando tal adversário, então teve medo, aliás, ficou ali petrificado, imóvel sem saber o que fazer. Eis que ela (a chuva) sobreveio! Pingando, chovendo e molhando nosso pobre herói. Em um primeiro momento ficou assustado com todos aqueles pingos gelados, caindo sobre ele velozmente! Após algum tempo refeito do susto, prestou mais atenção aquele fato. E viu como a chuva molha as plantas, apagava o fogo, animava o canto dos pássaros, trabalhava o solo, entre tantas outras coisas que jamais havia percebido tão preso estava ao que havia aprendido, ao guarda-chuva que portava e ao terno que usava.
Agora já não possuía mais medo nem receio, sentia-se refrescado, aliviado por livra-se de todas aquelas tolices e bobagens com as quais havia crescido e desde criança o ensinaram a respeitar e a temer. Percebeu e pensou consigo mesmo que algo que é capaz de destruir tantas coisas e gerar tanto receio, também gerava vida. A sua contemplação fortalecia o espírito, e ao mesmo tempo em que gerava espanto também gerava admiração, pois, naquele momento aprendeu a ver como valor aquilo temera por toda vida, pois, aquilo não fizera dele um ser inferior ou superior, infeliz ou feliz, menor ou maior, mas, apenas molhado e em breve aquilo secaria e tudo voltaria a ser como antes. Como antes? Não! Melhor, porque descobrira algo que a chuva é apenas água, e a água seca! Que está não seria ultima chuva. E enfrentara uma de muitas ! Outras poderiam suceder -se uma apos outra , mas, sempre passariam dando lugar ao sol de que tanto gostava , aprendeu também a respeitar a chuva e a ama-la , pois , a questão não se resumia ao fato de que a chuva era boa ou má, tratava-se de uma questão de ponto de vista . Pois homens pequenos viam em suas gotas grandes torrentes caudalosas e nas poças por ela formada imensos mares sem fim, já os grandes homens , viam nas tempestades apenas o sereno e nas grandes correntezas apenas um pequeno regato.
Pedro havia descoberto que era um grande homem!
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Raindrops Keep Falling On My Head (tradução)
B.J. Thomas
Composição: Burt Bacharach / Hal David
Gotas De Chuva Continuam Caindo Em Minha Cabeça
Gotas de chuva estão caindo em minha cabeça
e que nem o sujeito cujos pés são muito grande para sua cama,
nada parece se ajustar.
Esses pingos de chuva estão caindo em minha cabeça,
eles continuam caindo
Então eu bati um papo com o Sol,
e falei que não gostava do modo que ele fazia as coisas,
dormindo no trabalho.
Esses pingos de chuva estão caindo em minha cabeça,
eles continuam caindo.
Mas há uma coisa, eu sei
a tristeza que eles me enviaram não me derrotará.
Não vai demorar muito prá felicidade me encontrar
Pingos de chuva continuam caindo em minha cabeça
mas isso não significa meus olhos logo ficarão vermelhos.
Eu não sou de chorar, porque
eu nunca vou parar a chuva reclamando.
Porque eu sou livre, nada está me preocupando.
Não vai demorar muito prá felicidade me encontrar
Pingos de chuva continuam caindo em minha cabeça
mas isso não significa meus olhos logo ficarão vermelhos
Eu não sou de chorar, porque
eu nunca vou parar a chuva reclamando.
Porque eu sou livre, nada está me preocupando.
porque eu sou livre
Nada está me preocupando
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