Big Burrice Brasil 9

Mal começou o ano e já estamos às turras, com mais um capitulo de um festival de burrice e mesmice que promete ser empurrado goela a baixo dos telespectadores, chamada de BBB 9, note bem 9! Partindo direto ao ponto este festival de mesquinharias, baixarias termos de baixo calão, fofocas, intrigas e toda sorte de malfazejos, que ira se repetir a exaustão! O pior de tudo isso, esse festival de excrescências é defendido como se fosse um pilar de valores morais, aonde o mais “espertalhão” e manipulador, ou seja, o mais velhaco é elevado ao patamar de “herói” (para que não conhece o sentido deste termo vem do grego antigo e não tem a uma tradução precisa , mas, quer dizer basicamente aquele que se preparou para a morte ou se considera morto), termo muito nome para uma cambada esta “viva demais” e muito provavelmente não arriscaria nem quebrar uma unha para promover o bem comum! Esses “heróis”, ao longo da disputa que envolve um conjunto de provas toscas e bizarras, trazem até a casa das pessoas um festival de aberrações em embalagens de um modo geral bem aceitável, vendem uma imagem! Imagem que está no inconsciente coletivo do povo brasileiro do indivíduo branco , jovem, bonito,etc.. À primeira vista isso parece que não significar muita coisa, é um conjunto de afirmações sem sentido, mas, olhe outra vez! O que se vê é a junção de um conjunto de símbolos que visam criar uma ética e uma estética deturpadas e colocadas como coisas dadas! Isso quer dizer que quando a TV fala destes supostos “heróis”, na verdade está querendo passar uma mensagem, e qual é essa mensagem? E a mensagem é a seguinte: “Você pode ser canalha o quanto quiser infiel até os ossos, indolente, mau-caráter e et cetera e et cetera e ainda sair com tudo: fama, prestígio, dinheiro e tudo mais!”. O que reforça esse quadro de “normalidade” doentia em que vivemos na atualidade, onde o certo é torcido e retorcido, onde o desvalor se torna valor, criando um senso de realidade distorcida contribuindo ainda mais com a degradação de uma porção de coisas que durante tantos anos foram tão caras , como o amor, a solidariedade e o respeito como o semelhante , reforçando uma frase de Rui Barbosa que eu havia postado aqui outro dia e que dizia o seguinte:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Diante de tudo resta apenas nos perguntar: A quem isso interessa? Ou melhor, ainda, quem ganha com isso? Eu e você certamente que não!