Chegada à hora do almoço é momento de sentar-se, relaxar e saborear o alimento com calma e tranqüilidade, colocar a conversa em dia,ver um pouco de televisão, certo!
Errado! Principalmente no que se diz respeito a ver televisão, que neste memento se acha recheada por um cardápio no mínimo bizarro composto por diversas pitadas de violência, terror, medo, sofrimento alheio espetaculárizado, tudo isso regado com muito sangue e temperado com grandes doses de sensacionalismo. Com o objetivo de manter um clima que em certos aspectos se dá por meio de uma mistura de muitos sentimentos, e vão desde o horror a um sentimento intimo e não manifesto de satisfação mórbida, e que só fazem alimentar este mercado macabro, disfarçado de jornalismo sério, que investe basicamente no senso comum e o reforça aumentando ainda mais o clima de medo e violência existentes. Fato estes que me lembram muito o clássico poema de Carlos Drummond de Andrade e que reflete bem o clima de caos, insegurança e senso comum alardeados por estes ditos “jornalísticos” que nada mais representam que o esgoto televisivo. Sei que alguns irão dizer: ”Não gosta mude de canal ou desligue a televisão!” simples assim! Mas, o que de fato ninguém se apercebe é que a coisa não é assim tão simples, pois, assim como nós temos nossa responsabilidade em relação àquilo que escolhemos , as empresas que produzem estes produtos, têm responsabilidade (ou pelo menos deveriam ter) responsabilidade pelos resultados produzidos. No Brasil falar em responsabilidade é sinônimo de censura, para a maior parte da imprensa, já que esta tem por um hábito muito oportuno falar o que deseja sem se preocupar e sem quem tenha quem lhes ponha freio ao oceano de maledicência, além de outros males que produz. Ao final a regra de ouro por traz de tudo é a de que o “Inferno são sempre os outros” e enquanto esse tipo de consciência predominar teremos de nos refestelar por muito tempo deste cardápio bizarro, no qual o principal tempero é o medo.
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