Caminhava solitariamente pela estrada como sempre o fizera. Caminhos pedregosos e áridos.
Caminhos que sempre lhe foram muito familiares. O que não lhe era familiar eram os sentimentos que tinha tanto em relação aos caminhos que tomara e o valor de tal caminhada.
Pois, agora se deparava com um grande conjunto de montanhas. Não, que nunca houvesse se deparado com situações semelhantes, em sua caminhada.
Mas, estas montanhas tinham algo de muito diferente, das que já havia transposto, não sabia explicar ou definir exatamente o que sentia e o que era.
Apenas, as via crescer ante seus olhos, com grande arrojo. O barulho dos ventos e da tempestade que via surgir entre elas era enorme.... Faziam-lhe tremer!
“Um homem não deve tremer diante de um desafio!” Pensou ele consigo mesmo!
Olhou em redor e viu que estava mais só do que nunca! As pessoas que pareciam ter lhe acompanhado durante todo aquele trajeto, eram nada! Percebeu que de fato, que nada eram a não ser fruto de sua imaginação. Desfaziam-se como sombras ao sol do meio dia!
As vozes!
Há! As vozes nada mais eram que o sibilar do vento entre as rochas e as planícies áridas que tantas vezes transpusera!
Aquela sensação de toque, os beijos e abraços que outras tantas vezes sentira nada mais eram que um capricho da natureza! Este por sua vez, resultado do calor do sol que tocava sua a pele, e que agora se punha deixando em seu lugar apenas a noite fria!
E agora estava ali, sentado à beira do caminho, procurando processar todas estas coisas. Tentando separar o real e o ilusório. Sem ao certo saber destingir entre ambos.
Em certo momento sem saber ao certo nem por que, levantou-se e tornou a caminhar. Já não era mais o mesmo! Assemelhava-se aos fantasmas e ilusões que pairavam em sua mente. Não tinha medo, nem desejo e nem sequer qualquer das paixões humanas. Apenas caminhava!
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