Durante esta semana postei um texto e uma canção escritos por Charles Chaplin , que sempre foi uma figura que me interessou muito , não pelo artista ou a pessoa em si ,mas, pelo trejeitos, as caras e bocas e a sutileza de agir do mundo e da época que o produziram.
Fico vendo na minha mente um cinema lotado , com pessoas, rindo e se emocionando , com as travessuras daquele artista sem voz e daquela música sem letra que tocava ao fundo.
Era um mundo de gestos significantes e cheio e significados, muitos indeléveis e tão sutis que para que a vida acontecesse, naquele tempo, era necessário um grande treinamento social , acredito eu , mais de observação e de atenção do que de qualquer outra coisa. Em resumo , um mundo , pelo menos em boa parte, composto de pessoas dotadas de um bom grau de sensibilidade , onde apenas um gesto , um olhar e um movimentar de sobrancelhas detinham grandes significados.
Isto do meu ponto de vista , provavelmente exigia uma inteligência e uma percepção do social, do mundo e da vida, que em muito hoje nos escapa.
Hoje vivemos em um mundo onde a sutileza e a sensibilidade , nada ou quase nada significam, onde o significado dos olhares quase se perdeu. Não que o mundo e as pessoas de hoje sejam piores ou melhores que os de outrora ,mas, de algumas coisas com relação a atualidade tenho algumas certezas; primeiro que poderíamos aprender muito com alguns valores do passado , entre eles uma certa sofisticação social e o segundo ponto é de que o mundo atual , pelo menos não em um horizonte próximo , não produzirá outro Chaplin .
[caption id="" align="aligncenter" width="462" caption="Do Logopédia"][/caption]
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